
Segundo turno, outras estratégias
Com a chegada do segundo turno, chegam também as estratégias de cada candidato se posicionar frente a escolha que o eleitor fará.
Ocorre que no segundo turno, costumo dizer, que é outra eleição. As partes se igualam em tempos de TV e rádio e fica bem mais fácil para a população decidir, pois cria-se um clima plebiscitário.
Você escolhe esse ou aquele?
O que influencia muito a opinião pública na situação da escolha entre o A ou o B, é a obrigatoriedade do voto.
Em países onde o voto é facultado, temos uma clara demonstração de que, sempre no segundo turno, o eleitor demonstra o apoio ou descontentamento das duas opções que lhe sobraram. Não ir as urnas é não concordar com nenhum dos dois candidatos, porém, é concordar com qualquer um que se sagre vencedor.
No Brasil, a obrigatoriedade mostra a transferência de C, D ou E, que não se elegeram, ao candidato A ou B. No fundo estamos estimulando o eleitor a escolher até diferentes ideias anteriormente pregadas pelos derrotados.
Em síntese, é uma nova eleição, com novas estratégias e com igualdade de tempo e quantidade de inserções.
Não imagine que o que levou um candidato a vitória no primeiro turno poderá sustentá-lo a vitória no segundo. Tudo deve ser reestruturado com atenção e percepção momentânea. O novo período terá outras expectativas.
Outro derivado de minhas análises há muito tempo é que o candidato que entra no segundo turno com viés de alta, ganha a eleição.